A
Telexfree foi condenada em 1ª instância a pagar R$ 101.574 investidos pelo divulgador
Samir Badra Dib, de Rondonópolis (MT). O dinheiro deverá ser transferido para
uma conta da Justiça de Mato Grosso, onde vai ficar até o processo terminar. A
decisão abre um importante precedente, pois há milhares de pessoas com verbas
bloqueadas nas contas da empresa, que foram congeladas pela Justiça do Acre há
pouco mais de um mês. Com a decisão, Dib tem mais chances de conseguir receber
o dinheiro de volta e mais rápido. A Telexfree informa ser fornecedora de
pacotes de telefonia via internet (VoIP) vendidos por meio do sistema de
marketing multinível. A rede de associados – chamados de divulgadores – tem
entre 450 mil e 600 mil pessoas, que pagam taxas de adesão para entrar no
negócio. O Ministério Público do Acre (MP-AC) entende que a Telexfree é uma
pirâmide financeira. Em 18 de junho, o órgão conseguiu uma liminar , concedida
pela 2ª Vara Cível de Rio Branco, que bloqueou as contas da empresa e de seus
sócios administradores, bem como os pagamentos aos divulgadores.
O
objetivo do pedido de liminar, informa o MP-AC, é garantir que o dinheiro não
seja desviado e possa ser devolvido aos divulgadores por meio de uma outra ação
movida pelo órgão, que ainda não foi julgada. Mas nem todo mundo deve conseguir
receber tudo a que tem direito. "Quem entrar [ com ação ] posteriormente
não vai consegui receber. O Direito não socorre quem dorme, então decidi entrar
para garantir pelo menos o meu investimento", afirma Dib, que também tenta
conseguir o ressarcimento por danos morais. Na decisão, a juíza Milene Aparecida
Pereira Beltramini Pullig, da 3ª Vara Cível de Rondonópolis, determina que a 2ª
Vara Cível de Rio Branco desbloqueie os R$ 101.574 mil devidos a Dib, e que
esse dinheiro seja depositado na conta judiciária do Tribunal de Justiça do
Mato Grosso, permanecendo lá até que haja uma decisão final no processo do
advogado. A defesa da Telexfree informou não ter sido notificada oficialmente
da decisão.
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